Colegiado encarregado de investigar a parlamentar quer usar o inquérito da PF sobre o caso
Priscilla Mendes, do R7, em Brasília
O relator do processo de investigação contra a deputada federal Jaqueline Roriz (PMN-DF) no Conselho de Ética da Câmara, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), quer ter acesso ao inquérito da Polícia Federal (PF) e aos vídeos em que a filha de Joaquim Roriz aparece recebendo propina de Durval Barbosa, delator e operador do esquema de corrupção conhecido como mensalão do DEM.
O deputado encontrou-se nesta quinta-feira (14) com o relator do caso no STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Joaquim Barbosa. O objetivo da reunião era solicitar uma cópia do inquérito e dos vídeos protagonizados por Jaqueline. O ministro, porém, já havia autorizado o acesso aos documentos desde o último dia 5.
O encontro com Joaquim Barbosa, portanto, não teve serventia prática para o Conselho, que há quase dez dias já poderia ter encaminhado um ofício à PF solicitando acesso aos dados.
- Hoje mesmo vamos encaminhar um ofício à delegacia da Polícia Federal pedindo o inquérito, os vídeos e os áudios. O ministro autorizou o acesso no dia 5 porque o processo não corre com segredo de justiça.
Apesar da aparente desinformação do Conselho, o relator garante que a investigação será rápida e que concluirá seu parecer antes do prazo máximo de 90 dias prorrogáveis por mais 90. Com o inquérito em mãos, Sampaio pretende ganhar tempo porque não precisará ir atrás de provas já produzidas pela PF.
- Se o inquérito trouxer depoimentos e provas suficientes, poderemos facilitar o trabalho do Conselho e prestar mais rapidamente uma resposta à sociedade.
Um dos advogados de Jaqueline, Rodrigo Alencastro, também participou do encontro com Barbosa. Segundo Sampaio, a defesa também tem interesse que investigação seja rápida.
- O advogado Rodrigo também quer agilizar o envio de documentos. Ambos temos a mesma vontade. O quanto antes dermos uma resposta ao Conselho, melhor.
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