terça-feira, 12 de abril de 2011

Segurança nas escolas públicas do Amazonas preocupa população

Barbara Tribug - portalamazonia@redeamazonica.com.br


MANAUS – Depois da chacina em uma escola do Rio de Janeiro em que um atirador entrou na escola de Realengo matando 12 crianças, os pais estão preocupados com a segurança dos filhos no interior das instituições de ensino. No Amazonas, o diretor do Departamento de Planejamento da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), Rossieli Silva, e o Subsecretário de gestão educacional da Secretaria Municipal de Educação (Semed), Suames Maciel, afirmaram nesta manhã (11), em entrevista ao Portal Amazônia, que é difícil controlar a entrada e saída nas escolas públicas do Amazonas.
A ex-professora da Secretaria de Educação do Amazonas, Luciana Silva diz que não vê dificuldades em entrar em uma escola pública. “Já entrei em várias escolas para encontrar ex-colegas de trabalho. Embora os porteiros não me conheçam, sempre entro com facilidade. Acho sim que deveria haver mais controle, pedir documentos na entrada e fazer revista nas bolsas. Ninguém sabe o que a pessoa está levando na bolsa. Já trabalhei em uma escola em que um aluno passou com a arma dentro da muchila e não foi revistado. Ele atirou em um colega dentro da sala de aula”, disse.
A mãe de um aluno da Escola Municipal Sagrado Coração de Jesus, na zona central de Manaus, Daniela de Lima Carneiro, diz que não vê segurança na escola em que os filhos estudam. ” Há uma guarda em frente a escola, mas muitas vezes ela não dá conta de tantas pessoas que entram e saem. Muitas pessoas entram e ela nem percebe”, diz.
 A  equipe da TV Amazonas tentou entrar em algumas escolas da rede municipal e estadual, no turno noturno.  Na primeira escola estadual, o repórter Juliano Couto, conseguiu entrar sem dificuldades e percorrer por todo o colégio. Nas demais escolas não teve sucesso.
De acordo com o secretario da Seduc, a segurança nas escolas sempre foi prioridade. Segundo ele, 310 escolas pública da capital e do interior possuem câmeras de segurança. “A maioria das escolas municipais e estaduais já possui câmeras de segurança, e esperamos colocar em todas as unidades de ensino até 2012’’, afirmou Silva.
Outra providência apontada por ele é a implantação de um controle biométrico nas escolas, em médio prazo, para que os pais saibam onde estão seus filhos. “O aluno ao chegar à escola deverá colocar a sua digital, assim será aferida a presença do aluno para que haja um controle maior. Caso o aluno não compareça, os pais serão informados”, disse o diretor da Seduc.
Ainda, segundo o diretor, apesar do monitoramento por câmeras, a fragilidade na segurança dentro das escolas é grande em qualquer lugar. “No caso de Realengo, o rapaz era um ex-aluno falando que iria pegar documentos e fazer palestra. Não tem como prevenir uma atitude dessas”, completou Rossieli.
O vereador Massami Miki (PSL), quer apresentar um projeto, na Câmara Municipal de Manaus (CMM) para que sejam  instalados detectores de metais nas escolas da rede pública.
Para o subsecretário de gestão educacional da Semed, Suames Maciel, a instalação dos detectores não garante a solução do problema, mas ele também não apontou saída. “Todas as opções são válidas, mas há toda uma questão por trás. A implantação dos detectores não será a solução para problema. A questão é mais complexa”, afirmou Maciel.
E você, o que acha da segurança nas escolas? Envie seu comentário e dê sua opinião sobre o assunto.

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