quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Secretário presta esclarecimentos no TCE sobre caso Emparsanco

01 de dezembro de 2010
Portal Amazônia com informações da assessoria.

MANAUS- O secretário municipal de infraestrutura, Américo Gorayeb, deve ir pessoalmente ao Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE/AM) para prestar esclarecimentos sobre o relatório do órgão que apontou o pagamento indevido de R$ 90 milhões a empresa Emparsanco por serviços de tapa-buraco em Manaus.

A assessoria da Seminf informou que o TCE não convocou a Prefeitura para esclarecer os contratos firmados com a empresa Emparsanco. Em nota enviada na noite de ontem (30), a Secretaria Municipal de Comunicação (Semcom) informou que  não recebeu oficialmente o referido relatório "mas tão logo tomou conhecimento, por meio da imprensa, foi em busca de uma cópia para ter acesso a seu teor", diz a nota.

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Segundo a nota, "a equipe técnica da Secretaria Municipal de Infraestrutura, pasta responsável pelo contrato com a Emparsanco, fez uma análise minuciosa do resultado do levantamento feito pelo TCE". A Seminf informou que o secretário vai esclarecer todas as divergências apontadas no relatório do Tribunal. 

Ação

O vereador José Ricardo Wendling (PT) afirmou, nesta terça-feira (30), que ingressará com Ação Popular na Justiça contra a empresa Emparsanco e a Prefeitura de Manaus. Segundo ele, a empresa executou ações emergenciais de tapa-buracos, no valor de R$ 69 milhões, com mais um aditivo de R$ 17 milhões, totalizando R$ 87 milhões, mas a cinco meses de terminar o contrato com a Prefeitura parecia que nada havia sido feito.

Os vereadores José Ricardo e Marcelo Ramos (PSB) devem ingressar com representações no Ministério Público Federal (MPF), para confirmar se esse recurso pago à Emparsanco é parte dos recursos repassados pelo Governo Federal, por meio do Ministério das Cidades, no valor de R$ 100 milhões, para serviços de tapa-buracos; bem como na Polícia Federal (PF), para servir de elementos ao inquérito decorrente da prisão de um camelô, a cinco dias das eleições, tentando sacar R$ 5 milhões na “boca do caixa” de um banco.

Investigação

A Emparsanco é alvo de investigação da Polícia Federal por suspeita de envolvimento em um esquema de compra de votos. A empresa teria ligação com a empreiteira Santher, apontada pela PF como fantasma. O caso está sob inquérito desde a prisão do vendedor ambulante Edivaldo Lopes de Aguiar, enquanto tentava sacar R$ 5 milhões de uma agência bancária em Manaus.

O acusado usava documentação falsa em nome de Francisco Edivaldo Lopes, sócio majoritário da Santher. A quebra de sigilo bancário apontou que o dinheiro que iria ser retirado havia sido transferido para a empresa pela filial da empreiteira Emparsanco S/A, em Manaus. 

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