Uma chinesa viciada em internet – principalmente em jogos online – recorreu à Justiça de Pequim para que seu ex-marido reparta os bens virtuais, como créditos e avatares, que os dois obtiveram juntos.
O ex-marido também sofre de dependência digital. Eles se conheceram em 2008 em um jogo pela internet, se casaram meses depois e em 2010 se separaram porque nenhum deles cuidava da casa. Os dois ficavam conectados o tempo todo.
A mulher alegou ao Tribunal Popular de Shunyi que, por jogar com a senha do então seu marido, parte do dinheiro virtual dele foi ganho por ela.
O Tribunal arquivou o pedido com o argumento de que a lei só prevê bens que tenham “relação com o mundo real”.
Essa não é a primeira vez que a Justiça chinesa tem de ser manifestar sobre bens digitais.
A Associação de Internautas da Juventude Chinesa estima que o país tenha pelo menos 10 milhões de viciados em internet, um pouco menos do que a população da Grande São Paulo.
A China tem 400 centros de tratamento desse tipo de dependência. Em muitos casos, a terapia é feita com violência. Em 2009, um jovem morreu de tanto apanhar.
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