terça-feira, 23 de novembro de 2010

Guarda Compartilhada

Por Marcelo Ramos
Essa semana, aconteceu um fato marcante na relação entre o pai (eu), a mãe (Paula Jucá) e o próprio Gabriel. Fomos domingo ao cinema eu, minha esposa (Juliana), o Gabriel, a mãe dele e o namorado dela (César).
Para mim o fato torna-se relevante porque consolida uma relação de civilidade, respeito e amor incondicional ao nosso filho. Para nós, dar ao Gabriel uma certeza de que tem uma família que o ama e protege, de que tem pai e mãe que, apesar de não viverem juntos, estarão sempre unidos pelo seu bem estar, acalenta a alma e fortalece nossos laços familiares.
Bacana também a postura da Juliana (minha esposa) e do César (namorado da Paula) que entendem que o verdadeiro amor por nós é o amor também pelo Gabriel, porque ele é parte de nós. Quem não ama nossos filhos não pode nos amar verdadeiramente.
Relato esse fato, porque como advogado já presenciei pais que fizeram dos seus conflitos pessoais, conflitos de seus filhos, que permitiram que seus novos companheiros(as) estabeleceram regras e limites nas suas relações com seus filhos e com sua ex-esposa(o), e imagino o quanto isso faz mal para a criança.
Hoje a lei prevê a possibilidade guarda compartilhada, mas antes disso, a vida já tinha ensinado para mim e para Paula que o amor, a tolerância, o respeito, o compromisso sentimental e material do pai com a criança e com a mãe – isso mesmo, também com a mãe, porque seu filho não pode estar feliz se a mãe passa necessidades – são os instrumentos fundamentais e indispensáveis para o bem estar de filhos de pais separados.
Nossa vida nem sempre foi um mar de rosas, mas foi no diálogo, na convivência familiar, nos conselhos e carinho dos nossos pais (Paulo e Amélia, da Paula e Graça, minha mãe) e até nos necessários sacrifícios pessoais, que superamos nossas diferenças e hoje podemos, apesar da separação, dar ao Gabriel uma verdadeira família. Isso nós faz muito bem.
Marcelo Ramos é advogado e vereador pelo PSB. www.vereadormarceloramos.com.br

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